Menos conhecido que o diabetes tipo 1 e 2, o diabetes tipo LADA atinge cerca de 8% a 10% da população. Seu diagnóstico requer um exame específico, mas o tratamento exige os mesmos cuidados com alimentação e atividade física, explica a médica Maria Elizabeth Rossi da Silva, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Maria Elizabeth Rossi - "O diabetes do tipo LADA é autoimune, como acontece com o diabetes do tipo 1. Isso significa que o corpo, por alguma razão ainda não conhecida pela medicina, começa a destruir as células beta, que são responsáveis pela produção de insulina, como se essas células fossem algo estranho ao organismo.
Ao contrário do diabetes tipo 1, porém, que na maioria das vezes atinge crianças e adolescentes, o diabetes LADA costuma aparecer após os 35 anos de idade. Em geral, pessoas que se tornam diabéticas nessa faixa de idade têm o diabetes tipo 2, que surge principalmente por fatores como hereditariedade, obesidade, sedentarismo. No diabetes tipo LADA, esses fatores não estão necessariamente presentes.
O processo de destruição das células é mais lento do que no diabetes tipo 1 e por isso muitas vezes o paciente é tratado com medicamentos orais e a necessidade de insulina só acontece entre cinco e dez anos após o diagnóstico.
Além do tratamento com medicamentos, quem tem diabetes tipo LADA deve seguir as mesmas orientações normalmente dadas a todos os tipos de diabetes: praticar atividades físicas, ter alimentação saudável e equilibrada, evitar o fumo.
Se não for adequadamente tratado, o diabético tipo LADA também pode vir a desenvolver sequelas, como neuropatia diabética, nefropatia e retinopatia, entre outras. Com o controle adequado, é possível ter uma vida normal e saudável.
O diagnóstico é feito a partir de um exame específico - a dosagem do anticorpo anti-GAD (antidescarboxilase do ácido glutâmico) e o acompanhamento médico é o mesmo recomendado para os demais: consultas periódicas ao endocrinologista, exame anual de fundo de olho, exame anual dos pés."

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